Maria do Socorro Costa de Oliveira

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"Simples, sincera e uma pessoa de muita fé". PROFISSIONAL: Professora há mais de 15 anos; Graduada em Língua Portuguesa pela Universidade Estadual do Ceará; Pós-graduada em Gestão Escolar; Experiências de docência na Educação Infantil, no Ensino Fundamental e em gestão escolar; Diretora da EEF Antônio Alves Maia.

sábado, 26 de setembro de 2009

Relatório - Mês de Agosto

Área de Formação- Língua Portuguesa

Formadora Cursista - Maria do Socorro Costa de Oliveira

Coordenador da área LP - Prof: Dioney M. Gomes

Número de cursistas - 25

Formadora – UNB - Guiana de Brito Sousa Izaias

Município/Estado - Tabuleiro do Norte, Ceará

Relatório do mês - Agosto de 2009

Dentre as atividades realizadas durantes os encontros deste mês: dinâmicas, leituras, trabalho de grupo, apresentações e aplicações das atividades práticas, enfim os momentos compartilhados foram positivos para o nosso aprendizado

Vale ressaltar que surgiram algumas dificuldades principalmente no que se refere à prática, mas que já foram superadas.

Quanto as apresentações dos trabalhos, os cursistas foram muito criativos e demonstraram domínio nos conteúdos abordados. Estão com dificuldades, na elaboração do projeto e do potfólio, mas considerando o esforço e o otimismo da turma e com a nossa mediação no decorrer do processo serão superadas. Como formadora procuro contribui com os cursistas, tirando as dúvidas , enriquecendo as discussões e incentivando-os a compartilhar saberes e a superar dificuldades, ou seja , a troca de experiências, o que possibilita a interação e fortalecimento do grupo na busca conhecimento para melhoria do ensino - aprendizagem.

Relatório - Aula Inaugural

RELATÓRIO

Aula Inaugural

Na qualidade de formadora de Língua Portuguesa, do Programa Gestão da Aprendizagem Escolar - GESTAR II, percebi na nossa aula inaugural o compromisso dos cursistas em relação ao programa. O primeiro momento foi marcado pela dinâmica de apresentação. Logo em seguida houve a apresentação e entrega de material e discussões sobre o andamento do curso.

O conhecimento do material didático, principalmente do Guia Geral e das TPs, possibilitou trocas de informações houve algumas polêmicas por parte de alguns docentes que não estavam dentro dos critérios estabelecidos pelo MEC, reinvindicando o direito de fazer o curso o que foi resolvida juntamente a coordenação do município.

A avaliação do encontro foi de esperança e expectativas e bastante positiva. Acredito que o Gestar veio revolucionar ou por que não dizer (re) inventar o processo de ensino e aprendizagem e, é nessa perspectiva de quem tem sede de saber que pretendo conduzir minha turma de Língua Portuguesa, procurando instigar o que posso e mediando o conhecimento. Orientando-os que se utilizem da metodologia do Gestar para transformar sua práxis e consequentemente, melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem. Concluo com um pensamento de Henfil que diz: “Não é o desafio com que nos deparamos que determina o que somos e o que estamos nos tornando, mas a maneira com que respondemos ao desafio.”

Memorial

GESTAR II – PROGRAMA GESTÃO DE APRENDIZAGEM ESCOLAR

MEMORIAL

MARIA DO SOCORRO COSTA DE OLIVEIRA


Há 53 anos nasce na localidade de Gangorrinha, na cidade de Tabuleiro do Norte, uma linda menina filha de casal de agricultores por nome Jose Felicio da Costa e Angelina Almeida Costa que ficaram felizes pelo o nascimento de sua oitava filha e lhe batizarão com o nome de Maria do Socorro Almeida Costa.

Minha infância foi uma infância comum como os de todas as crianças da época brincavam de boneca no alpendre da casa, pula corda e amarelinha nos terreiros e muitas outras brincadeiras. Dentre os muitos acontecimentos da minha infância dois ficarão registrados em minha memória o primeiro as historias e os conselhos do meu avo materno, que costumava reunir toda família no alpendre de sua casa; o segundo a morte de meu irmão mais velho que não entrar em detalhes, mas sei que ate hoje tenho gravada em minha mente a cena daquele caixão na sala da nossa casa, pessoas entravam e saiam, e ao cair da tarde, aquele mesmo caixão era carregado de mão em mão apesar de época não entender nada do que estava acontecendo.

O inicio da minha vida escolar aconteceu no aconchego meu lar, meus pais eram semi-analfabetos, mas tinha a grande preocupação em formar seus filhos principalmente minha mãe, e tanto que sua casa servia de escola para todas as crianças da redondeza e a professora primaria da época era minha irmã mais velha, portanto minha alfabetizadora. Somente aos doze anos ingressei na escola estadual Avelino Magalhães e tive que passa por uma seleção na qual obtive sucesso.

Conclui meu curso primário nesta casa de ensino e guardo boas lembranças, a professora que me marcou foi à senhora Maria Digna de Oliveira, pois muito contribuiu para o meu sucesso escolar. Para ingressar no Centro Educacional Nossa Senhora das Brotas o único que oferecia o curso ginasial e ainda por cima particular, era necessário fazer uma exame de admissão uma espécie de vestibular e foi ai que a professora acima citada que conhecia as minhas limitações, principalmente, financeiras me encorajou dizendo faça seu exame estude para obter êxito que o financeiro resolve-se depois. Diante daquelas palavras me enchei de coragem, estudei e passei entre as cinco melhores notas com o resultado em mãos, feliz pela aprovação mais preocupada e agora? Como realizar a matricula e como pagar as mensalidades, se meus pais não tinham condições. Minha mãe, mulher de fibra disse vou conversar com o diretor da escola e contar toda situação e tenho certeza que ele vai me ajudar e lá chegando contou toda historia. O diretor logo autorizou a matricula e como era um homem de muita sabedoria e sensibilidade: disse volte para e diga a sua filha que de hoje em diante eu serei o seu padrinho, desde que ela não tire nenhuma nota abaixo da media e foi assim que consegui terminar o ginasial e o curso normal, formatura almejada na época.

Nesse período já estava trabalhando na secretaria do colégio, seu Dimas era aquele diretor que a maioria dos alunos tinham medo ate do seu jeito de olhar, mais ajudou a muitos alunos que assim como eu não podiam continuar seus estudos a única coisa que exigia era boas notas. Conclui meu magistério no ano de 1978, em 1979 casei com um jovem também de Tabuleiro do Norte. Com Romildo Lopes de Oliveira, foram vinte e oito anos de vida conjugal onde todos os momentos foram compartilhados e bem vividos ate o seu ultimo momento, Romildo me deu dois filhos: Antonio Jose Costa de Oliveira e Romildo Lopes de Oliveira Filho. Jóias preciosas que Romildo me deixou, hoje você esta com Deus mas, sentimos sua presença em nossas vidas muito obrigado pelo o esposo e pai que você foi. Em 1997, ingressei no serviço publico municipal através de concurso depois de alguns anos trabalhando como dona de casa.

A aprovação no concurso me estimulou a voltar estudar, coincidindo com a exigência da LDB- Nova Lei de Diretrizes e Bases da educação, que todo professor tivesse curso superior, varias instituições apareceram oferecendo curso em regime especial para professores e o prefeito Jose Chaves Guerreiro preocupado com a qualidade da educação de Tabuleiro do Norte e com a formação de seus professores assinou convenio com a Universidade Estadual do Ceara –UECE, comprando vinte vagas, mais um desafio enfrentar um vestibular depois de vinte anos fora da escola, tentei e consegui classificação no quarto lugar na área de Linguagens e Códigos , iniciando minha graduação no ano de 2001 , concluindo em 2005 e logo em seguida fiz a pós-graduação em Reengenharia em Projetos com ênfase em Gestão Educacional ministrada pela Faculdade de Selvíria –MS,terminando em 2007.

Como gosto muito do que faço, sempre que tenho oportunidade participo de cursos de formação e aperfeiçoamento pois estou ampliando meus conhecimentos na perspectiva de uma educação de qualidade para todos. Como já foi citado anteriormente, as dificuldades que enfrentei para realizar os meus estudos.

Com a leitura não foi diferente, nos meus primeiros anos de escolaridade a única leitura que lembro é a dos livros didáticos, entre outros, os que mais me marcaram foi a cartilha com o nome Nordeste e o outro livro foi Exame de Admissão que continha todas as disciplinas, portanto não tenho boas lembranças de incentivo a leitura . Posso afirmar com toda convicção que o livro A Importância do Ato de Ler de autoria de Paulo Freire, lido no inicio do curso superior despertou em mim o prazer pela leitura. Hoje a leitura faz parte do meu lazer, leio por prazer, para me informar, para aprender, enfim, leio revistas, jornais, livros etc.

Tenho um pequeno acervo bibliográfico: alguns livros de Paulo Freire, Cipriano Carlos Luckesi, Vasconcelos, Gabriel Chalita, Pe. Fábio de Melo, Augusto Cury, Marcos Bagno e Coleção de Paulo Coelho. Tenho uma determinação compra um livro por mês para enriquecer o meu acervo e oportunizar e incentivar os meus filhos e netos a lerem.

As minhas experiências com escritas, não foram as mais incentivadoras, resumia-se as redações escolares, na maioria das vezes sem nenhuma finalidade, como por exemplo, a conhecida redação de inicio de ano, Minhas Férias quem não passou por esta. Considerando todas essas limitações tenho orgulho de dizer que compartilhei com nove colegas tabuleirenses o prazer de fazer parte da Coletânea “Tabuleiro do Norte em Perspectiva: Uma Abordagem Teórico- Prática”, esta se põe a desmistificar a visão, segundo a qual, a produção científica é uma atividade reservada a academia e seus professores titulados.

Costumo dizer que muito do meu aprendizado devo a minha experiência profissional, pois com diz Gonzaguinha, “Viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz...” essa é minha convicção de educadora e aprendiz do meu próprio conhecimento, fazendo dele uma trilha que teve um início em minha infância, mas que não terá um ponto final.